Espaço da mamãe

O que levar

 

A vinda para a maternidade é sempre um momento de ansiedade. Por isso mesmo, é bom não deixar para a última hora o preparo da sua malinha de internação. Faça isso com toda a calma, seguindo as dicas da equipe do Hospital Monte Sinai, que preparou uma lista do que não deve faltar durante a sua internação. E não se esqueça de informar ao seu acompanhante sobre os itens que ele também precisa providenciar.

 

 

Pequenas atitudes contribuem para uma boa recuperação das mamães e dos bebês. Visitante, faça a sua parte.

 

  • Higienize as mãos antes e depois de entrar no quarto
  • Não deite ou sente no leito ( inclusive crianças), pois é de uso exclusivo da mãe, também não coloque sobre ele bolsas e sacolas
  • Evite trazer ou enviar arranjo de flores
  • Evite visitas durante o horário da noite
  • Não use perfumes fortes e não fume antes da visita
  • Dê privacidade a mamãe quando for amamentar
  • Não fale alto dentro dos quartos e evite atender o celular durante a visita
  • Não faça visitas prolongadas e evite a aglomeração de pessoas no quarto
  • Não circule nas dependências da Maternidade ou viste outros quartos com o bebê

 

Itens para a internação de 2 a 3 dias Roupas para a mamãe

 

  • Camisolas (que facilitem a amamentação)
  • Roupão
  • Par de chinelos
  • Calcinhas
  • Sutiãs para amamentação
  • Absorvente pós-parto

 

Roupas para o bebê

 

  • 4 Macacões
  • 4 Conjuntos de pagão ou body
  • 1 Cobertor de algodão
  • 4 Sapatinho
  • 4 Pares de meias e luvas
  • 2 Mantas de linha ou lã com vira-mantas
  • 1 Pacote de fraldas descartáveis
  • 4 Mijõezinhos ou calcinhas de malha
  • 4 Toalhinhas de boca (babinha)
  • 2 Toalhas de banho (Opcional – o hospital fornece)
  • 1 Sabonete infantil (Opcional – o hospital fornece)
  • 2 Jogos de lençol/fronha (Opcional – o hospital fornece)
  • 4 Toucas

* Para o conforto do bebê, as roupas devem ser fáceis de vestir

Os 10 passos para amamentação correta

 

 

1) Acredite: não existe leite fraco!

 

Todo leite materno é forte e adequado para o crescimento e desenvolvimento do bebê. Nos seis primeiros meses de vida, não é preciso dar chá, água, suquinho, outro leites, pois não são nutritivos e ocupam, no estômago da criança, um espaço que poderia ser ocupado pelo leite materno. Não dê qualquer outro tipo de alimento. No primeiro dia, o leite produzido, chamado colostro, é transparente ou amarelado, tem alto valor nutritivo, é suficiente para as necessidades do bebê e age como uma verdadeira vacina, protegendo-o contra doenças.

 

2) Quanto mais o seu bebê mamar, mais leite você vai ter

 

Sugar o peito é o que estimula a produção de leite. Começar a mamar desde a sala de parto facilita a descida mais rápida do leite. Procure manter o bebê ao seu lado, do nascimento até a alta. A criança que mama no peito várias vezes, dia e noite, de acordo com sua vontade, não precisa de mais nada.

 

3) Coloque o bebê na posição certa para mamar

 

Para que o bebê sugue bem, ele deve, não só abocanhar o mamilo (bico do peito), mas grande parte da aréola (parte escura do peito), com o corpo totalmente voltado para o da mãe (barriga com barriga). Quando a criança pega o peito corretamente, com a boca bem aberta, o leite sai em quantidade sufi ciente, o bebê engole tranquilamente, a mãe não sentirá dor, nem terá rachadura no peito.

 

4) Cuide adequadamente das mamas

 

Para evitar rachaduras, não lave os mamilos antes e depois das mamadas. Basta o banho diário, evitando o uso de sabonete nos mamilos. O próprio leite protege a pele, evitando infecções. Não use pomadas nem cremes nos mamilos, exceto por orientação médica.

 

5) Retire o leite quando for necessário

 

Evite que a mama fi que muito cheia e pesada. Se isso acontecer, ferva um frasco de vidro com tampa de plástico por 10 minutos, prenda os cabelos, lave bem as mãos, coloque os dedos onde termina a aréola e aperte várias vezes até o leite sair. Guarde o leite no frasco de vidro, na geladeira (12 horas) ou congelador/freezer (15 dias) ou doe a um banco de leite humano. Para aquecer o leite, use banho-maria. Quando a mãe não estiver em casa, dê o leite materno no copinho ou colher para não prejudicar o aleitamento.

 

6) Evite bicos, chupetas, chuquinhas e mamadeiras

 

Esses produtos prejudicam a amamentação. Os bebês que fazem uso de mamadeiras e chupetas acabam largando o peito.

 

7) Procure apoio

 

Procure conversar com quem está passando pela mesma experiência que você. Envolva sua família nas tarefas de casa para que você possa descansar.

 

8) Amamentar é um ato de amor

 

As crianças que mamam no peito têm menos diarreias, doenças respiratórias e infecções de ouvido. Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face, importante para ter dentes bonitos, para o desenvolvimento da fala e até para a respiração. Amamentar é bom também para a saúde da mãe: ela perde menos sangue depois do parto e tem um risco menor de ter câncer de mama e de ovário. Amamentar é uma forma de dar saúde, carinho e proteção ao bebê. Amamentação é uma forma especial de comunicação entre a mãe e o bebê. Ao ser amamentada, a criança aprende muito cedo a se comunicar com intimidade, afeto e confiança, o que pode contribuir para a sua saúde mental no futuro.

 

9) Continue a amamentação, se possível, até os 2 anos de idade ou mais

 

Recomenda-se que todo bebê seja amamentado exclusivamente no seio materno até seis meses de vida. Depois, introduza frutas e comidinha e continue a amamentação até os dois anos.

 

10) Conheça os direitos da mãe trabalhadora

 

A mãe que trabalha fora tem direito à licença-maternidade de 120 dias. Quanto retornar ao trabalho, dois descansos remunerados de meia hora por dia para amamentar seu filho, até os seis meses de idade. Os pais têm direito à licença-paternidade de cinco dias a partir do nascimento do bebê.

 

  • As crianças que mamam no peito têm menos diarreias, doenças respiratórias e infecções de ouvido.
  • Sugar o peito é um excelente exercício para o desenvolvimento da face, importante para ter dentes bonitos, para o desenvolvimento da fala e até para a respiração.
  • Amamentar é bom também para a saúde da mãe: ela perde menos sangue depois do parto e tem um risco menor de ter câncer de mama e de ovário.
  • Amamentar é uma forma de dar saúde, carinho e proteção ao bebê.
  • Amamentação é uma forma especial de comunicação entre a mãe e o bebê.
  • Ao ser amamentada, a criança aprende muito cedo a se comunicar com intimidade, afeto e confiança, o que pode contribuir para a sua saúde mental no futuro.

Classificação de prematuridade

 

O bebê é considerado prematuro quando nasce antes de 37 semanas de gestação. Graças ao avanço tecnológico e desta área da Medicina, muitos bebês que, antes, teriam poucas chances de sobreviver, podem crescer sem sequelas. Porém, mesmo com um desenvolvimento dentro do esperado, as crianças prematuras necessitam de um olhar muito atento. Estes bebês são classificados conforme idade e peso gestacional. “Prematuros extremos” são os que nascem antes das 28 semanas e correm mais risco de vida e em geral, seu estado de saúde é muito frágil. Há também a faixa de prematuros considerados “intermediários” que nascem entre 28 e 34 semanas, que constituem a maior parte dos prematuros. E os chamados “prematuros tardios” que nascem entre 34 até 37 semanas.

 

A dificuldade de cuidado do prematuro está, não só na fragilidade dos seus órgãos, mas principalmente do cérebro. O baixo peso, considerado abaixo de 1500g também é um fator preocupante, pois é um grande desafio conseguir fazer uma recuperação nutricional ao longo das primeiras semanas de vida desse bebê. Este é um grande desafio. Em função da imaturidade do trato gastrointestinal dos prematurinhos e da falta de reflexos de sucção e deglutição, eles podem precisar receber suas primeiras calorias por via intravenosa. A orientação à mãe, sua participação em todas as etapas de cuidado nesta fase são essenciais. Pois o leite materno é ainda mais importante para o prematuro. Mesmo não podendo amamentar diretamente, as mães são orientadas a fazer a ordenha. O processamento de leite humano fica orientado ou sob cuidados do Banco de Leite, no caso de Juiz de Fora, ele é municipal, atendendo a todas as maternidades e UTIs Neonatal.

Parto prematuro

 

Quando se está grávida e não se tem histórico de parto prematuro (antes de 37 semanas de gestação) nem fatores de risco associados, não se quer ouvir falar sobre o assunto. Ninguém espera passar por um parto prematuro, mas todas as gestantes estão sujeitas a ele. E nem sempre a prematuridade dá sinais de que vai acontecer e ainda não se conhece todas as causas que levam ao parto prematuro; em muitos casos não se consegue associá-la a uma causa específica.

É preciso dizer que há fatores socioambientais que podem levar ao parto prematuro: ausência do pré-natal, fumo, álcool, drogas, estresse, infecções do trato urinário, sangramento vaginal, diabetes, obesidade, baixo peso, distúrbios de coagulação, gestações muito próximas (menos de 6 a 9 meses entre o nascimento de um bebê e ficar grávida novamente), gravidez fruto de fertilização in vitro e idade menor de 17 anos e acima de 35.

Estão em maior risco para trabalho de parto prematuro as mulheres que já passaram por um parto prematuro, que estão grávidas de gêmeos ou múltiplos ou com história de problemas de colo do útero ou uterinos. Mas conheça outros motivos que podem levar ao parto prematuro:

  • bolsa rota/ruptura prematura de membrana (RUPREME ou ROPREMA)
  • hipertensão crônica
  • pré-eclâmpsia
  • síndrome de Hellp
  • insuficiência istmo-cervical
  • descolamento prematuro da placenta
  • placenta prévia
  • malformações uterinas
  • infecções uterinas
  • malformações fetais

Saiba reconhecer sinais e sintomas do trabalho de parto prematuro

 

Sintomas como contrações a cada 10 minutos ou mais, mudanças na secreção vaginal, pressão pélvica, dor lombar, cólicas menstruais, cólica abdominal com ou sem diarreia podem ser sinais de trabalho de parto. Ligue para seu médico imediatamente ou vá direto ao hospital mais próximo. O Monte Sinai dispõe de plantão de ginecologia e obstetrícia 24 horas.

Vacinas do prematuro

 

Imunização (vacinação) do prematuro é coisa séria. Estes pequenos guerreiros são mais vulneráveis à algumas infecções e, por isso, possuem um esquema especial de vacinação. Seu calendário vacinal é especial. O bebê prematuro deve receber todas as vacinas de praxe, aquelas do calendário vacinal do Ministério da Saúde. Além dessas, também devem receber algumas imunizações essenciais para garantir que estejam protegidos contra infecções potencialmente fatais.

 

Além de um acompanhamento criterioso, em especial no primeiro ano de vida, o anticorpo monoclonal específico contra o VSR (palivizumabe) merece capítulo a parte. Esta vacina deve ser aplicada nos meses de maior circulação do vírus, o que depende da região do Brasil: no Sudeste, de fevereiro a julho. É indispensável para prematuros até 28 semanas gestacionais, no primeiro ano de vida. E, independente da idade gestacional ao nascer, até o segundo ano de vida, para bebês com doença pulmonar crônica da prematuridade e/ou cardiopatia congênita.

 

Bronquiolite: inflamação dos bronquíolos (parte final dos brônquios), atinge principalmente os bebês menores de 2 anos, e é mais comum no inverno. Nos primeiros anos de vida da criança, o sistema imunológico ainda é imaturo, o que as torna mais vulneráveis ao vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da doença. Segundo o Ministério da Saúde, o VSR pode ser responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias no primeiro ano de vida das crianças.

 

A prematuridade é o principal fator de risco para hospitalização por bronquilite. Os prematuros geralmente apresentam imunidade mais baixa, em função da menor transferência de anticorpos maternos para o bebê. Por serem pequenos, suas vias aéreas (brônquios, bronquíolos) são menores, o que eleva ainda mais o risco. Somado a isso, a baixa reserva de energia (pelo baixo peso), as infecções recorrentes e uso de alguns medicamentos também contribuem para que eles estejam entre os mais afetados pela doença.

Boas práticas obstétricas

 

Um dos compromissos do Hospital Monte Sinai é estimular as boas práticas obstétricas. Além de possibilitar às pacientes e também às equipes assistenciais, as condições favoráveis e seguras para a realização do parto normal. Por isso, um dos diferenciais da Nova Maternidade são os quartos PPP (pré-parto, parto e pós-parto).
A estrutura é preparada para que a gestante possa escolher ter o bebê na cama obstétrica ou na banheira. As parturientes são as protagonistas do nascimento e têm disponíveis na sala pré-parto todos os recursos que as auxiliem durante o trabalho de parto. Temos a escada de leng, bola suíça, banheiro com hidromassagem.

 

A mãe é monitorizada durante o parto tendo seus sinais vitais acompanhados e no quarto todos os equipamentos necessários para o atendimento antes, durante e após o nascimento do bebê. Respeitando as diretrizes nacionais do parto normal (MS de 2017 | cap 6.8 | assistência ao recém-nascido item 221 e 222), no Hospital Monte Sinai o bebê não é separado da mãe na 1ª hora após o nascimento para procedimentos de rotina tais como pesagem e medicação. Então é normal que o Berçário fique sem bebês pois eles estão na maior parte do tempo nos leitos com as mães e familiares .Essa aproximação estimula o aleitamento precoce logo após o nascimento.

Recomendações para a nutrição da mãe

 

  • Mantenha a alimentação saudável e equilibrada;
  • Hidrate-se ingerindo água e líquidos. A recomendação de consumo é, em média, 30 ml/kg/dia de líquidos;
  • Faça variações na composição do cardápio. Contemple todas as necessidades nutricionais: aumente o consumo de frutas e vegetais da época, produtos integrais, carnes magras e leite/derivados;
  • Consuma peixe, salmão ou sardinha, 2 a 3 vezes por semana para aumentar a ingestão de ômega 3;
  • Garanta o consumo de fontes de cálcio (leite e derivados, vegetais de cor verde-escura) entre 3 a 4 porções/dia;
  • Consuma fontes de vitamina A e betacaroteno (vegetais e frutas vermelho/amarelo-alaranjados), em dias alternados;

Evite ou diminua

 

  • Evite períodos prolongados de jejum. Fracione as refeições, no máximo, entre 3 a 4 horas;
  • Evite o consumo de alimentos gordurosos, frituras e doces;
  • Reduza o consumo de cafeína (café, chá preto, chá mate, chá verde, chocolate, refrigerantes à base de cola), pois pode causar insônia ou hiperatividade nos lactentes;
  • O álcool não deve ser consumido, pois pode ser prejudicial ao bebê e afetar a produção do leite;
  • Modere o consumo de chocolate, pois pode causar irritabilidade ou aumento do movimento (peristalse) intestinal no lactente;

 

Atenção aos tabus alimentares, pois são de origem desconhecida e não apresentam explicação científica convincente. Procure manter a alimentação habitual, semelhante a que foi realizada durante a gestação, com ênfase nos hábitos saudáveis, observando a individualidade/sensibilidade do bebê;

 

Não faça restrições alimentares sem orientação do médico ou nutricionista.

Humanização do nascimento e do parto

 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) criou, em 2000, um guia com as recomendações para uma experiência de parto positiva. Em fevereiro deste ano, elas foram atualizadas. Esse guia reúne as práticas recomendadas, as que não devem ser feitas e as que podem acontecer sob circunstâncias específicas durante o pré-natal, o trabalho de parto e os cuidados logo após o nascimento.

 

Práticas recomendadas para humanização do parto:

 

Acompanhante durante o trabalho de parto e o nascimento: No Brasil, a lei já prevê que a parturiente tenha direito de escolher pelo menos um acompanhante durante o parto. Esse é um princípio importante do parto humanizado.
 

Comunicação efetiva: A equipe médica ou os envolvidos em um parto devem informar de forma clara à parturiente todos os procedimentos que serão feitos, bem como ouvir e considerar suas escolhas. Em um parto humanizado, não se pode, por exemplo, optar por uma intervenção cirúrgica sem o consentimento e a comunicação à gestante.

 

Cuidado respeitoso à mãe: Esse princípio requer que, durante o parto, sejam respeitadas a dignidade, confidencialidade e privacidade da gestante.

 

Técnicas de relaxamento para a dor: Se a parturiente quiser, a assistência ao parto deve oferecer massagens, música e incentivar técnicas de respiração para que a dor seja menor.

 

Alimentação e hidratação: Durante um parto humanizado, é essencial oferecer e permitir que a parturiente se alimente e beba água.

 

Respeitar a melhor posição para mulher: A mulher é a protagonista do parto. Por isso, ela deve escolher a posição em que se sente mais confortável para dar à luz.

 

Técnicas para prevenir lesão perineal: A equipe de assistência ao parto deve oferecer técnicas que aliviam e evitam lesões do períneo, como massagens e compressas quentes

 

Contato pele a pele: Logo após o nascimento, o bebê deve ser entregue à mãe para que tenham contato pele a pele.

 

Filho e mãe juntos: O bebê e a mãe saudáveis não devem ser separados durante os primeiros dias de vida

 

Amamentação logo após o nascimento: Deve ser estimulado que o bebê seja amamentado pela mãe o quanto antes.

Testes do recém-nascido

 

Teste do Coraçãozinho (ou oximetria de pulso)

 

Simples, indolor e não invasivo, ele é feito até as primeiras 48 horas de vida pelo pediatra. O Teste consiste na colocação do oxímetro de pulso na mão direita e num dos pés do bebê para que seja feita a leitura da saturação de oxigênio no sangue. Índice abaixo de 95% indica a possibilidade de uma cardiopatia congênita. Caso em que o bebê passa por avaliações de diagnóstico ainda no hospital e, se necessário, inicia o tratamento antes de receber alta.

 

Teste do olhinho

O bebê nasce sem saber enxergar. Assim como vai aprender a sorrir, engatinhar, falar, ele precisa desenvolver esta habilidade. Por isso, é importante que ao nascer já se saiba se as estruturas do olho são normais, especialmente as que são transparentes. Daí a importância do chamado “teste do olhinho”, uma das avaliações feitas com o bebê ainda na maternidade e que deveria ser direito de todos os recém-nascidos. No Monte Sinai o teste é realizado desde que passou a ser recomendado, em 2010, e como está no rol de procedimentos da ANS, independe de autorização do plano de saúde.
O exame é realizado no Hospital pelo próprio pediatra nas primeiras 24 horas de vida. O exame é simples, rápido e indolor. Um feixe de luz ilumina o olho do bebê e permite ao médico identificar um reflexo vermelho. Isto só é visto no exame se o eixo óptico estiver livre, ou seja, sem qualquer obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. O reflexo vermelho significa que a criança não apresenta nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão. O fenômeno contrário, e que inspira os cuidados necessários, é semelhante ao observado nas fotografias, quando a pupila reflete uma mancha esbranquiçada.

 

O que o teste diagnostica? 
O “Teste do Olhinho”, ou teste do reflexo vermelho, pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão cegueira. No exame realizado pela equipe de pediatras neonatologistas do Monte Sinai, se o profissional encontrar algum problema vai informar aos pais e encaminhará a criança para avaliação de um oftalmologista.

No cartão do bebê, o “Meus Primeiros Momentos” entregue a todos os bebês nascidos no Hospital, deve ter anotação sobre o exame e possível resultado. Mas, se por algum motivo o exame não puder ser realizado, ele deve ser feito na primeira consulta de acompanhamento e continua sendo importante nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico.

 

Teste da orelhinha (emissões otoacústicas evocadas)

 

Hoje, este teste é indicado para todos os recém-nascidos, mas por um tempo ficou restrito a grupos de risco, como filhos de pais com deficiência auditiva ou de mães que tiveram rubéola congênita durante a gestação. O teste é realizado por fonoaudiólogos que, com uma espécie de fone colocado no ouvido do bebê avaliam a probabilidade de haver um problema de audição. O teste da orelhinha pode ser realizado em até 30 dias depois do nascimento, mas a recomendação dos médicos é submeter o quanto antes o recém-nascido ao exame para que uma possível surdez seja detectada precocemente e o tratamento possa ser iniciado com rapidez, melhorando a qualidade de vida da criança. O resultado varia de acordo com a maneira como o som emitido é captado, ele pode precisar ser refeito quando há dificuldades no resultado, informação que será repassada aos pais ainda na Maternidade do Monte Sinai.

 

Teste do pezinho

 

É o exame mais antigo, entre os realizados hoje podem ser feitos logo após o nascimento. Para realizá-lo é necessária uma gota de sangue do recém-nascido, normalmente retirada da sola do pé por ser a maneira mais fácil de fazer a coleta. Deve ser realizado a partir de 72 horas de vida do bebê (por isso, nem sempre vai ser realizado ainda na Maternidade), para que dê tempo de haver contato com o leite da mãe, até uma semana depois do nascimento. O resultado demora cerca de 10 dias. Detecta uma série de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que podem gerar graves consequências. No exame básico, é possível descobrir a probabilidade de a criança desenvolver hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, anemia falciforme e fibrose cística. Os mais completos incluem, por exemplo, doenças como toxoplasmose e galactosemia. Em casos de alta em prazo menor, a mãe também será orientada quanto à realização do exame fora do ambiente hospitalar.

 

Teste da linguinha

 

É o mais recentemente recomendado, definido em legislação de 2014, mas o único que ainda não tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Para que seja feito no Hospital Monte Sinai, os responsáveis devem autorizar previamente sua realização pelos fonoaudiólogos da equipe. O exame também é rápido, simples e eficaz. Não sangra e não dói. Primeiro é realizada a avaliação clínica, que verifica a estrutura, se o frênulo é curto demais e como está implantado. Depois é feita uma avaliação funcional da alimentação. O profissional avalia o bebê mamando na mãe: sucção, ruído, se o bebê está conseguindo sorver todo o leite para a cavidade oral, se está cuspindo e se a pega é boa. Após o laudo, se há alteração, esta criança volta para o reteste. Em geral, esta segunda avaliação é feita fora do hospital, para dar seguimento a tratamentos, se necessário. O ideal é que o teste seja realizado nas primeiras 72 horas de vida do bebê e, no máximo, 30 dias depois do nascimento.

BCG e imunização

 

O recém-nascido tem um risco grande de contrair doenças, pois suas defesas ainda estão em desenvolvimento. Os anticorpos transmitidos pela mãe durante a gestação e após o nascimento na amamentação não são suficientes para garantir uma proteção eficaz. Por isso que o bebê deve tomar nos primeiros dias de vida duas vacinas que são a BCG e Hepatite B.
 
A BCG (proteção para a tuberculose): Somente bebês com peso superior ou igual a 2000g podem receber a BCG. Ela é aplicada no braço direito do bebê e não causa reação imediata. A pequena ferida que normalmente aparece no local é um sinal de que houve a resposta imunológica à vacina e, consequentemente, a defesa do organismo. Apesar de não ser comum, pode ser que uma febre baixa surja após 4 semanas da aplicação.
 
Hepatite B: É aplicada na coxa esquerda do bebê, evite pegá-lo no colo segurando nesta perna. Pode ser que haja alguma reação como dor local e, raramente, febre após 4 semanas da aplicação.
 
A BCG e a hepatite B são disponibilizadas no Hospital Monte Sinai pelo serviço de Imunização da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora de segunda-feira à sexta-feira com exceções dos feriados. Este serviço é feito pelas enfermeiras que vão à maternidade e realizam a aplicação destas vacinas, procedimento este feito no quarto da puérpera permitindo que essa mamãe já sane suas dúvidas imediatamente após a aplicação. No caso dos bebês que nasçam na sexta à noite e no fim de semana, no qual o serviço de Imunização não realiza a visita para aplicação das vacinas, orientamos às mamães que se dirijam ao PAM Marechal 4º andar as terças e quintas de 15h às 16h45 para realizar a vacinação.
 
Lembre-se de que a vacinação é a forma mais segura de prevenção das doenças infectocontagiosas. Mantenha a caderneta de vacinação do seu filho atualizada. É importante também que a família, os cuidadores e todos aqueles que têm contato com o bebê também estejam vacinados, pois os adultos são os principais transmissores de vírus para as crianças.

Meses do bebe

01 mês

Um período de descobertas,
segura o dedo na palma da mão.

02 mês

Seus olhos acompanham uma pessoa em movimento, observa objetos coloridos, reconhece os pais.

03 mês

Quando colocado de bruços sustenta a cabeça, tenta localizar ruidos com os olhos.

04 mês

Imita sons, tem expressões de alegria ou desconforto.

05 mês

Consegue pegar objetos com as mãos, já reconhece as pessoas da família.

06 mês

Vive um período de descobertas, segura o dedo na palma da mão.

07 mês

Imita sons, tem expressões de alegria ou desconforto.

08 mês

Consegue pegar objetos com as mãos, já reconhece as pessoas da família.

09 mês

Vive um período de descobertas, segura o dedo na palma da mão.