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HIPEC: tratamento inovador combina cirurgia e quimioterapia no mesmo procedimento

O HIPEC, ou Quimioterapia Intraperitoneal Hipertérmica, foi realizado em Juiz de Fora pela primeira vez no Hospital Monte Sinai. Este é um procedimento inovador que combina cirurgia e quimioterapia para tratar certos tipos de câncer, com uma abordagem revolucionária. O procedimento envolve a aplicação de quimioterapia aquecida diretamente na cavidade abdominal após a remoção cirúrgica de tumores. Este método permite que altas doses de quimioterapia sejam entregues diretamente nas células cancerígenas, aumentando a eficácia do tratamento e minimizando os efeitos colaterais sistêmicos.

O procedimento é realizado em duas etapas:

▪️ Cirurgia Citorredutora: primeiro, os cirurgiões removem o máximo possível de lesões visíveis na cavidade abdominal.

▪️ Quimioterapia Aquecida: em seguida, a solução quimioterápica é circulada na cavidade abdominal por cerca de 90 minutos. O calor ajuda a aumentar a penetração da quimioterapia nas células cancerígenas e a destruir células cancerígenas microscópicas que possam ter sido deixadas para trás.
O HIPEC é geralmente indicado para tumores que desenvolvem carcinomatose peritoneal e para alguns tipos de tumores, como o pseudomixoma, é a única forma de tratamento, representando uma esperança renovada para muitos pacientes, já que oferece uma abordagem mais direcionada e potencialmente mais eficaz no combate ao câncer.

 

O procedimento realizado no Monte Sinai foi conduzido cirurgiões oncológicos Alexandre Ferreira Oliveira, que é professor das três faculdades de Medicina na cidade, e Guilherme Ravanini, professor da UniRio. Dr. Alexandre também participou da primeira cirurgia deste tipo na América Latina, feita em 1999, no Inca (Rio de Janeiro) tendo como cirurgião principal o Dr. Odilon de Souza Filho. Auxiliaram neste primeiro caso na cidade os cirurgiões oncológicos Dr. Eliel de Oliveira Araújo e Drª Aline Marins. O complexo processo anestésico foi conduzido pelo Dr. Giovani Alves Monteiro. Juiz de Fora é a terceira cidade de Minas a realizar a técnica e poucos centros no Brasil já podem contar com o procedimento.