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Primeiros autotransplantes do Monte Sinai tratam pacientes com Síndrome de Quebra-Nozes

Você já ouviu falar da Síndrome de Quebra-Nozes? Não, não estamos falando do famoso balé, mas de uma condição médica que pode afetar os rins. Vamos entender melhor o que é esta síndrome e por que o autotransplante renal é considerado o melhor tratamento. Recentemente, a equipe liderada pelo urologista e especialista em transplante renal, Salim Khouri, realizou, no mesmo dia, os dois primeiros procedimentos deste tipo no Hospital Monte Sinai.

 

A Síndrome de Quebra-Nozes é uma condição rara que ocorre quando a veia renal esquerda é comprimida entre duas artérias (a aorta e a artéria mesentérica superior). Essa compressão pode causar uma série de problemas, como dor abdominal do lado esquerdo, dor pélvica ou durante a relação sexual, sangue e presença de proteína na urina, veias aumentadas nos testículos e tontura ao ficar em pé.

 

Imagine uma noz sendo esmagada entre duas superfícies duras (é daí que vem o nome). A veia renal fica “espremida”, dificultando a passagem do sangue. Entre os sintomas recorrentes, a síndrome pode levar a:

– Sangue na urina: porque a pressão extra pode causar pequenos sangramentos.

– Dor abdominal: devido ao aumento da pressão na veia renal.

– Varizes nos órgãos genitais: o sangue pode se acumular, causando varizes.

 

O autotransplante renal é considerado o tratamento padrão ouro para esta condição. A cirurgia é bem complexa. O rim afetado é removido, fica extracorpóreo por algum tempo e pode ser também tratado. Em seguida, é reposicionado em um local diferente no corpo do paciente, geralmente no abdômen. O resultado é o alívio da compressão da veia renal, permitindo que o sangue flua normalmente novamente.

 

O tratamento é eficiente na solução da causa raiz da compressão, restaurando o fluxo sanguíneo normal. Além de ajudar a prevenir complicações, evitando o desenvolvimento de varizes e outros problemas associados à pressão elevada na veia renal.

 

Nestes primeiros procedimentos realizados, o sucesso foi de 100% com alta no prazo previsto. Em ambos os casos, Dr. Salim contou com a inestimável participação do urologista paulista Sérgio Ximenes, especialista em transplante renal, e com o importante apoio de Guilherme Bicalho, cirurgião vascular, já com experiência neste tipo de cirurgia.