Cirurgia minimamente invasiva corrige simultaneamente hérnia e diástase

Uma cirurgia inovadora para correção de hérnias ventrais, denominada Scola, foi realizada pela primeira vez no Monte Sinai. Ela amplia a possibilidade de correção da diástase associada à hérnia com uso da videolaparoscopia. Isso nem era possível tentar antes, no caso da cirurgia de incisão tradicional, por necessitar de cortes muitos extensos. A opção era por corrigir apenas a hérnia.

Conduzida neste caso pelo cirurgião do aparelho digestivo, Rodrigo Peixoto, o procedimento faz apenas três incisões de poucos centímetros na linha da cintura, acessando a mesma área que, na abordagem tradicional, exigiria uma incisão tão grande no abdômen para corrigir a diástase que promoveria um dano direto justamente à área que precisava ser corrigida e, por isso, nem justificava a tentativa de correção conjunta. Agora, com o artifício da cirurgia minimamente invasiva passamos a ter correções mais robustas por dentro e menos agressivas por fora. E também será possível fazer o mesmo procedimento com cirurgia robótica.

A diástase é uma condição muito associada à hérnia e há outras abordagens para correções de um ou outro problema, mas antes não era possível abordar a diástase quando se corrigia uma hérnia. Em geral, se corrigia a hérnia e o paciente precisava conviver com a diástase.

Esta é uma técnica espanhola, descrita há cerca de 12 anos e que só recentemente passou a ser adotada no Brasil também.