Precisão no diagnóstico do câncer
O PET-CT é a sigla do equipamento (mantendo as iniciais do inglês para tomografia por emissão de pósitrons), mas que também deu nome ao exame. A tecnologia une os recursos diagnósticos da Medicina Nuclear e da Radiologia. Não invasivo, é um dos mais sofisticados, completos e precisos procedimentos com indicações para avaliação de vários tipos de câncer.
A função PET, uma cintilografia muito especializada, é responsável pela geração de imagens que indicam a atividade metabólica das células, pelo método que utiliza a fluordesoxiglicose marcada com flúor-18 (18F-FDG). A função CT (tomografia computadorizada) mapeia a informação anatomicamente. Conjugando as duas tecnologias, também se uniram duas especialidades médicas trabalhando em comum e em conjunto. São feitos dois exames sequenciais sem deslocar o paciente, com resultados avaliados pelos dois especialistas. Tudo isso fez o exame ganhar uma qualidade técnica, com nível de segurança muito alto, capaz de definir a anatomia e a localização precisa de alterações.
O PET-CT fornece diagnósticos extremamente precoces, dando imprescindíveis informações sobre a função e o potencial evolutivo maligno das lesões. As análises permitem acompanhar e planejar de forma minuciosa o tratamento. As principais indicações do PET-CT são bem definidas para alguns tipos de tumores, permitindo visualizar mínimas lesões tumorais (a partir de 4mm) ou novos focos da doença. Diferencia tumores benignos de malignos, avalia a exata extensão da doença – se o problema está localizado em um órgão ou se há metástase -, além de avaliar o grau de resposta à quimioterapia, a recidiva (retorno da doença), dentre outros estudos extremamente úteis nas orientações para os cirurgiões ou até para contraindicar uma intervenção cirúrgica.
O radiofármaco FDG (formado por glicose e o elemento “marcador” flúor-18), usado no exame, diferente dos contrastes, não possui efeitos adversos conhecidos. Pode ser administrado inclusive a diabéticos e crianças, sendo contraindicado apenas para as mulheres no período da gravidez. Uma pequena quantidade deste açúcar radioativo é injetado no sistema sanguíneo do paciente e após cerca de 60 a 90 minutos, são realizadas as imagens. Ao distribuir-se pelo corpo, o FDG gera informações únicas, que nenhum outro equipamento de imagens consegue. Exatamente por ser um exame metabólico, mostra as alterações funcionais antes mesmo que a anatomia seja afetada, permitindo, assim, o diagnóstico precoce das doenças neoplásicas. Apesar do paciente precisar ficar completamente imóvel durante a geração das imagens, que dura em média 30 minutos, raramente é preciso recorrer a sedação. E por ser um equipamento aberto, diferente da ressonância magnética, não causa a sensação de claustrofobia.
O PET-CT que está disponível no Centro Médico Monte Sinai, unindo dois parceiros do Hospital, o Serviço de Medicina Nuclear e o Serviço de Radiologia e Imagem, é o único na região e um dos poucos fora da capital mineira. Com várias indicações para diagnóstico de câncer, e resultados extremamante confiáveis, recentemente teve incluídas no rol de procedimentos da ANS várias de suas aplicações.
Investigações cobertas por planos de saúde:
A obrigatoriedade dos convênios para cobertura do exame, determinada pela ANS (Agência Nacional de Saúde) a partir de janeiro de 2014, passou de três para oito indicações:
- tumor pulmonar para células não pequenas;
- linfoma;
- câncer colo-retal;
- detecção de nódulo pulmonar solitário;
- câncer de mama metastático;
- câncer de cabeça e pescoço;
- melanoma;
- câncer de esôfago.
Principais vantagens do exame na Oncologia:
- A detecção precoce torna o exame único, demonstrando com precisão a presença ou não de câncer, evitando assim procedimentos invasivos desnecessários.
- Para o estadiamento tumoral – determinação da real extensão dos tumores – ele é extremamente sensível. E por ser um exame que avalia o corpo inteiro, a procura de metástases é mais eficiente. Por isso, ajuda na conduta e individualização da escolha do tratamento.
- Por conseguir medir o metabolismo dos tumores, permite fazer o monitoramento da terapia e, através de um exame comparativo, avaliar se o tratamento escolhido está sendo eficaz. O que ajuda a indicar a mudança precoce na modalidade de tratamento, evitar os efeitos colaterais da terapia e, consequentemente, a perda de tempo precioso.
- É o exame mais acurado na avaliação de recorrência ou recidiva, pois diferencia entre recorrência e alterações pós-terapia, com grande utilidade no planejamento da radioterapia.