Comissão de Cuidados Paliativos do Monte Sinai
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Cuidados Paliativos são um conjunto de ações multiprofissionais que visam qualidade de vida para aqueles pacientes com doenças graves que não têm cura, mas são ameaçadoras de vida. A Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Monte Sinai assume o cuidado integral do paciente quando o médico assistente entende que não há o que fazer por ele do ponto de vista de tratamento da patologia. A assistência da Comissão visa melhorar o paciente em condições físicas e psicológicas, acolhendo também a família.
No Monte Sinai a comissão é formada por uma equipe multiprofissional constituída por:
- médico
- enfermeiro
- fisioterapeuta
- fonoaudiólogo
- nutricionista
- psicólogo
- farmacêutico
- dentista
O Cuidado Paliativo não deve ser descrito como o ato de “desistir” ou “investir”, trata-se de zelar pelo conforto e bem-estar do paciente, de forma complementar a terapêutica tradicional, bem indicada para o paciente portador de doença ameaçadora de vida.
Desde a Resolução de 2006 o Conselho Federal de Medicina apoia e normatiza a prática dos Cuidados Paliativos. Conforme a Resolução do CFM, de 1.805/2006,de 01/12/2010:
“Permite ao médico, na fase terminal de enfermidades graves e incuráveis limitar ou suspender procedimentos e tratamentos que prolonguem a vida do doente, garantindo-lhe os cuidados necessários para aliviar os sintomas que levam ao sofrimento, na perspectiva de uma assistência integral, respeitada a vontade do paciente ou de seu representante legal.”
O acompanhamento da equipe de cuidados paliativos não determina a impossibilidade de alta hospitalar para o paciente e muitas vezes a alta é mediada pela própria equipe que auxilia no preparo da família para construção de condições e estrutura para o paciente em sua casa.
Princípios dos Cuidados Paliativos
1. Respeitar a dignidade e autonomia dos pacientes;
2. Honrar o direito do paciente de escolher entre os tratamentos, incluindo aqueles que podem ou não prolongar a vida;
3. Comunicar-se de maneira clara e cuidadosa com os pacientes, suas famílias e seus cuidadores;
4. Identificar os principais objetivos dos cuidados de saúde a partir do ponto de vista do paciente;
5. Prover o controle impecável da dor e de outros sintomas de sofrimento físico;
6. Reconhecer, avaliar, discutir e oferecer acesso a serviços para o atendimento psicológico, social e questões espirituais;
7. Organizar e promover a continuidade dos cuidados oferecidos ao paciente e sua família, sejam estes cuidados realizados no hospital, no consultório, em casa ou em outra instituição de saúde;
8. Manter uma atitude de suporte educacional a todos os envolvidos nos cuidados diretos com o paciente.
Mitos e verdades dos cuidados paliativos
1. Mito: Os cuidados paliativos aceleram a morte.
Fato: Os cuidados paliativos não aceleram a morte. Proporcionam conforto e a melhor qualidade de vida desde o diagnóstico de uma doença avançada até o fim da vida.
2. Mito: Os cuidados paliativos são apenas para pessoas que estão morrendo de câncer.
Fato: Os cuidados paliativos podem beneficiar os pacientes e suas famílias desde o momento do diagnóstico de qualquer doença que possa encurtar a vida.
3. Mito: Pessoas em cuidados paliativos que param de comer morrem de fome.
Fato: Pessoas com doenças avançadas não sentem fome ou sede como pessoas saudáveis. Pessoas que param de comer morrem de sua doença, não de fome.
4. Mito: Os cuidados paliativos são fornecidos apenas em um hospital.
Fato: Os cuidados paliativos podem ser fornecidos onde quer que o paciente viva – em casa, instituição de cuidados de longa duração, hospice ou hospital.
5. Mito: Precisamos proteger as crianças de serem expostas à morte.
Fato: Permitir que as crianças falem sobre a morte e o morrer pode ajudá-las a desenvolver atitudes saudáveis, além de beneficiá-las como adultos. Assim como os adultos, as crianças também precisam de tempo para se despedir das pessoas que são importantes para elas.
6. Mito: A dor faz parte da morte.
Fato: A dor nem sempre faz parte da morte. Existem inúmeras maneiras de aliviá-la.
7. Mito: Tomar analgésicos em cuidados paliativos leva ao vício.
Fato: O controle da dor pode requerer doses maiores de analgésicos para manter os pacientes confortáveis.
8. Mito: A morfina é administrada para apressar a morte.
Fato: Doses apropriadas de morfina mantêm os pacientes confortáveis, mas não aceleram a morte.
9. Mito: Cuidados paliativos significam que meu médico desistiu e não há esperança para mim.
Fato: Os cuidados paliativos garantem a melhor qualidade de vida para aqueles que foram diagnosticados com uma doença avançada. A esperança se torna menos sobre a cura e mais sobre como viver a vida o mais plenamente possível.
10. Mito: Eu decepcionei um membro da minha família porque ele não morreu em casa.
Fato: Às vezes, as necessidades do paciente excedem o que pode ser fornecido em casa, apesar dos melhores esforços. Garantir que o melhor atendimento seja prestado, independentemente do ambiente, não é um fracasso.
REFERENCIA:https://www.virtualhospice.ca/en_US/Main+Site+Navigation/Home/Topics/Topics/What+Is+Palliative+Care_/10+Myths+about+Palliative+Care.aspx