Nova técnica: trombectomia mecânica ajuda paciente jovem com TVP

Contabilizando poucos casos já realizados no Brasil, no setor de Hemodinâmica do Monte Sinai foi feita a segunda trombectomia mecânica, por abordagem endovascular minimamente invasiva, com o uso do dispositivo chamado ClotTriever®️. Com ele foi possível tratar a trombose venosa profunda (TVP) de uma paciente jovem, puérpera, sem os medicamentos que seriam necessários para dissolver o trombo e que, dentre outras possíveis intercorrências, a impediriam de amamentar.
Neste último procedimento, conduzido pelo Cirurgião Vascular Olímpio Márcio Andrade Soares, que atua em Angiorradiologia e Cirurgia Endovascular, o tratamento atendeu uma paciente de apenas 25 anos, que precisou de atendimento de emergência 21 dias após um parto, com quadro de trombose venosa profunda na perna esquerda. Neste tipo de trombose, com envolvimento das veias ilíacas, como era o caso dela, é comum a evolução do quadro com síndrome pós trombótica (edema persistente, pigmentação, dermatoesclerose e ulceração ao nível da perna) em 5 a 10 anos, caso ela fosse submetida somente ao tratamento clínico com anticoagulação.
Para evitar o risco da síndrome, Dr. Olímpio indicou a trombectomia mecânica, optando pelo cateter ClotTriever®️, que além de retirar o coágulo, permite que ela permaneça sem a necessidade de uso de trombolíticos, podendo voltar a amamentar e com pequeno tempo de internação hospitalar.
Durante o procedimento foi identificada uma estenose (estreitamento do vaso) femoral, onde o médico optou por fazer uma angioplastia e implante de stent venoso. E tudo foi concluído sem intercorrências, com alta da paciente em dois dias após um período de observação na Unidade Coronariana.


O ClotTriever®️
Este é um cateter, usado no procedimento chamado trombectomia mecânica, e chegou ao Brasil recentemente. A técnica em que é usado posiciona um fio guia no local da lesão e com ajuda do dispositivo retira o coágulo, liberando o vaso, evitando que o trombo se desloque e provoque uma embolia pulmonar, por exemplo. No local, onde é implantado um stent, que permite o fluxo normal de sangue.