Testes do recém-nascido

Testes do recém-nascido

Teste do Coraçãozinho (ou oximetria de pulso)

Simples, indolor e não invasivo, ele é feito até as primeiras 48 horas de vida pelo pediatra. O Teste consiste na colocação do oxímetro de pulso na mão direita e num dos pés do bebê para que seja feita a leitura da saturação de oxigênio no sangue. Índice abaixo de 95% indica a possibilidade de uma cardiopatia congênita. Caso em que o bebê passa por avaliações de diagnóstico ainda no hospital e, se necessário, inicia o tratamento antes de receber alta.

Teste do olhinho

O bebê nasce sem saber enxergar. Assim como vai aprender a sorrir, engatinhar, falar, ele precisa desenvolver esta habilidade. Por isso, é importante que ao nascer já se saiba se as estruturas do olho são normais, especialmente as que são transparentes. Daí a importância do chamado “teste do olhinho”, uma das avaliações feitas com o bebê ainda na maternidade e que deveria ser direito de todos os recém-nascidos. No Monte Sinai o teste é realizado desde que passou a ser recomendado, em 2010, e como está no rol de procedimentos da ANS, independe de autorização do plano de saúde.

O exame é realizado no Hospital pelo próprio pediatra nas primeiras 24 horas de vida. O exame é simples, rápido e indolor. Um feixe de luz ilumina o olho do bebê e permite ao médico identificar um reflexo vermelho. Isto só é visto no exame se o eixo óptico estiver livre, ou seja, sem qualquer obstáculo à entrada e à saída de luz pela pupila. O reflexo vermelho significa que a criança não apresenta nenhum obstáculo ao desenvolvimento da sua visão. O fenômeno contrário, e que inspira os cuidados necessários, é semelhante ao observado nas fotografias, quando a pupila reflete uma mancha esbranquiçada.

O que o teste diagnostica?

O “Teste do Olhinho”, ou teste do reflexo vermelho, pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas cuja identificação precoce possibilita o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão cegueira. No exame realizado pela equipe de pediatras neonatologistas do Monte Sinai, se o profissional encontrar algum problema vai informar aos pais e encaminhará a criança para avaliação de um oftalmologista.

No cartão do bebê, o “Meus Primeiros Momentos” entregue a todos os bebês nascidos no Hospital, deve ter anotação sobre o exame e possível resultado. Mas, se por algum motivo o exame não puder ser realizado, ele deve ser feito na primeira consulta de acompanhamento e continua sendo importante nas consultas regulares de avaliação da criança, com a periodicidade definida pelo médico.

Teste da orelhinha (emissões otoacústicas evocadas)

Hoje, este teste é indicado para todos os recém-nascidos, mas por um tempo ficou restrito a grupos de risco, como filhos de pais com deficiência auditiva ou de mães que tiveram rubéola congênita durante a gestação. O teste é realizado por fonoaudiólogos que, com uma espécie de fone colocado no ouvido do bebê avaliam a probabilidade de haver um problema de audição. O teste da orelhinha pode ser realizado em até 30 dias depois do nascimento, mas a recomendação dos médicos é submeter o quanto antes o recém-nascido ao exame para que uma possível surdez seja detectada precocemente e o tratamento possa ser iniciado com rapidez, melhorando a qualidade de vida da criança. O resultado varia de acordo com a maneira como o som emitido é captado, ele pode precisar ser refeito quando há dificuldades no resultado, informação que será repassada aos pais ainda na Maternidade do Monte Sinai.

Teste do pezinho

É o exame mais antigo, entre os realizados hoje podem ser feitos logo após o nascimento. Para realizá-lo é necessária uma gota de sangue do recém-nascido, normalmente retirada da sola do pé por ser a maneira mais fácil de fazer a coleta. Deve ser realizado a partir de 72 horas de vida do bebê (por isso, nem sempre vai ser realizado ainda na Maternidade), para que dê tempo de haver contato com o leite da mãe, até uma semana depois do nascimento. O resultado demora cerca de 10 dias. Detecta uma série de doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que podem gerar graves consequências. No exame básico, é possível descobrir a probabilidade de a criança desenvolver hipotireoidismo congênito, fenilcetonúria, anemia falciforme e fibrose cística. Os mais completos incluem, por exemplo, doenças como toxoplasmose e galactosemia. Em casos de alta em prazo menor, a mãe também será orientada quanto à realização do exame fora do ambiente hospitalar.

Teste da linguinha

É o mais recentemente recomendado, definido em legislação de 2014, mas o único que ainda não tem cobertura obrigatória pelos planos de saúde. Para que seja feito no Hospital Monte Sinai, os responsáveis devem autorizar previamente sua realização pelos fonoaudiólogos da equipe. O exame também é rápido, simples e eficaz. Não sangra e não dói. Primeiro é realizada a avaliação clínica, que verifica a estrutura, se o frênulo é curto demais e como está implantado. Depois é feita uma avaliação funcional da alimentação. O profissional avalia o bebê mamando na mãe: sucção, ruído, se o bebê está conseguindo sorver todo o leite para a cavidade oral, se está cuspindo e se a pega é boa. Após o laudo, se há alteração, esta criança volta para o reteste. Em geral, esta segunda avaliação é feita fora do hospital, para dar seguimento a tratamentos, se necessário. O ideal é que o teste seja realizado nas primeiras 72 horas de vida do bebê e, no máximo, 30 dias depois do nascimento.