Vacinas do prematuro

Vacinas do prematuro

Imunização (vacinação) do prematuro é coisa séria. Estes pequenos guerreiros são mais vulneráveis à algumas infecções e, por isso, possuem um esquema especial de vacinação. Seu calendário vacinal é especial. O bebê prematuro deve receber todas as vacinas de praxe, aquelas do calendário vacinal do Ministério da Saúde. Além dessas, também devem receber algumas imunizações essenciais para garantir que estejam protegidos contra infecções potencialmente fatais.

Além de um acompanhamento criterioso, em especial no primeiro ano de vida, o anticorpo monoclonal específico contra o VSR (palivizumabe) merece capítulo a parte. Esta vacina deve ser aplicada nos meses de maior circulação do vírus, o que depende da região do Brasil: no Sudeste, de fevereiro a julho. É indispensável para prematuros até 28 semanas gestacionais, no primeiro ano de vida. E, independente da idade gestacional ao nascer, até o segundo ano de vida, para bebês com doença pulmonar crônica da prematuridade e/ou cardiopatia congênita.

Bronquiolite: inflamação dos bronquíolos (parte final dos brônquios), atinge principalmente os bebês menores de 2 anos, e é mais comum no inverno. Nos primeiros anos de vida da criança, o sistema imunológico ainda é imaturo, o que as torna mais vulneráveis ao vírus sincicial respiratório (VSR), o principal causador da doença. Segundo o Ministério da Saúde, o VSR pode ser responsável por até 75% das bronquiolites e 40% das pneumonias no primeiro ano de vida das crianças.

A prematuridade é o principal fator de risco para hospitalização por bronquilite. Os prematuros geralmente apresentam imunidade mais baixa, em função da menor transferência de anticorpos maternos para o bebê. Por serem pequenos, suas vias aéreas (brônquios, bronquíolos) são menores, o que eleva ainda mais o risco. Somado a isso, a baixa reserva de energia (pelo baixo peso), as infecções recorrentes e uso de alguns medicamentos também contribuem para que eles estejam entre os mais afetados pela doença.