Videomediatinoscópio revoluciona diagnóstico e estudo dos cânceres e outras doenças do mediastino, com abordagem minimamente invasiva

O estadiamento do câncer de pulmão e abordagem de outras doenças da região do mediastino já podem ser realizados com mais segurança e de forma minimamente invasiva através do videomediatinoscópio, um equipamento de última geração já agregado ao trabalho da equipe de Cirurgia Torácica do Monte Sinai.

O Hospital disponibiliza aos cirurgiões, de forma exclusiva na região, este aparelho que implica em maior eficácia no procedimento cirúrgico com possibilidade de diagnósticos mais precisos de doenças infecciosas, vários tipos de câncer, dentre ele os de pulmão e mediastino, linfomas ou qualquer doença que gere envolvimento do mediastino (espaço existente entre os dois pulmões que comporta estruturas como a traqueia, o coração, o esôfago, o timo e parte dos sistemas nervoso e linfático).

“Este é um grande salto tecnológico que nos possibilita uma melhor abordagem, principalmente do câncer, entendendo melhor a doença e proporcionando tratamento eficaz e de forma mais completa aos pacientes. Além disso, o paciente não precisa se deslocar para outros centros, já que,ao disponibilizar esta tecnologia, o Monte Sinai, juntamente com a equipe do hospital, oferecem um avanço que antes, era encontrada apenas em grandes hospitais de algumas capitais do país”, destaca o cirurgião torácico Guilherme Rodrigues.

A técnica exige que o paciente seja submetido à anestesia geral. O procedimento é realizado através de mínima incisão na região do pescoço acima do esterno. O cirurgião tem visão da área através de uma câmera de forma mais precisa, mais maximizada da região do mediastino, que é complexa de trabalhar. O mesmo aparelho permite ainda a aspiração e destilação de líquidos sendo importante ainda na identificação dos linfonodos (gânglios linfáticos) ou na avaliação de potenciais tumorações na região.

A tecnologia agrega valor ao diagnóstico mais preciso, além de segurança para o paciente já que com procedimentos menos agressivos, há menor risco de morbidade e de complicações. No primeiro caso realizado no Monte Sinai pela equipe de Cirurgia Torácica, em junho, o paciente teve alta em menos de 48 horas.

A tecnologia é alemã e o fornecedor realizou treinamento especial tanto para a equipe médica quanto para a da Central de Materiais Esterilizados (CME) para manuseio do equipamento. Dr. Guilherme avalia que esta tecnologia somada ao aporte tecnológico disponível no Monte Sinai estará, em cascata, auxiliando cada vez mais oncologistas, infectologistas, pneumologistas, dentre outros especialistas, no tratamento e diagnóstico de diversos tipos de doença.